Os pais da menina Ágata Tauane da Silva Soares (3), morta a tiros em um bar da cidade de Barra do Bugres (169 km de Cuiabá) no último domingo (19), mudaram a versão inicial de que a filha teria sido utilizada como ‘escudo humano’ por Emerson José Santos Silva, o “Doquinha”, que seria o verdadeiro alvo dos criminosos. 3ta2p
A versão havia sido contada tanto à polícia quanto a imprensa pela mãe de Ágata, Marciana da Silva. A mulher asseverou que Emerson teria supostamente pego a filha dela e colocado na frente dele para que recebesse os tiros em seu lugar.
“Ele a fez de escudo. Ele a jogou na frente e a bala pegou no coração dela. Ele foi um covarde”, disse Marciana na segunda-feira (20).
Entretanto, em relato recente ao delegado de Barra do Bugres, os pais refutaram a versão inicial, afirmando categoricamente que o suspeito não usou a filha deles como escudo.
Ágata Tauane estava com ela e o esposo no bar, quando dois bandidos adentraram o local, na intenção de matar Doquinha, que segundo a mãe da garota, era amigo da família.
Conforme a polícia, os dois autores do crime seriam da faccionados do Comando Vermelho (CV), organização criminosa rival da facção a qual pertence Doquinha.
Após os disparos, a menina foi socorrida pelos pais e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Bugres, entretanto não resistiu aos ferimentos e morreu.
No caminho até o hospital, Marciana destacou que a menina ainda conversou com ela antes de morrer. “Ela me disse: ‘Mamãe não me deixa morrer’, mas aí já era tarde”, relembrou.
O corpo de Ágata Tauane da Silva foi sepultado na tarde de segunda-feira (20). A Polícia Civil investiga o caso.
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