Richard Barbosa da Silva, 41, foi identificado como a vítima encontrada em fase avançada de decomposição no dia 25 de março, com uma das pernas presas em uma cerca de arame, na área rural próximo de Cocalinho (923 km a leste de Cuiabá). Exames constataram que o homem estava sem vida há cerca de 25 dias. nm3z
Após os exames periciais no local, o corpo foi encaminhado para Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e submetido a necropsia e identificação técnica, momento em que a papiloscopista extraiu fragmentos de tecido ainda preservados dos dedos da vítima e trabalhou o método de maceração química. O método consiste no processo de tratamento químico do tecido para reconstrução da polpa digital.
Após dois dias de tratamento das impressões digitais, a papiloscopista conseguiu recuperar alguns fragmentos das impressões digitais do cadáver, realizar o confronto, e identificar o corpo, descartando-se a necessidade de exame de DNA - que possui maior prazo de execução.
Conforme o gerente Regional da Politec de Água Boa, Paulo Victor Barboza, o resultado célere evitou a demora na liberação do corpo aos familiares.
"Foi um trabalho muito difícil considerando as condições do corpo, pois esse método químico poucos profissionais dominam. A identificação por meio das impressões digitais evitou que mais um corpo fosse enviado para o DNA. O DNA além de demorado é caro, resulta em prolongamento do sofrimento da família que vive na angústia até sair a identificação", considerou Paulo Victor.
A identificação foi concluída após a Polícia Civil ser notificada sobre o desaparecimento de um funcionário de uma fazenda próximo ao local de encontro do cadáver, quando foi possível a realização do confronto das impressões digitais da vítima com as impressões digitais do prontuário de identificação civil da pessoa desaparecida. O corpo foi removido pelos familiares no domingo (30).
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